No dia 10 de março, as turmas de CEF de 8º
e 9º anos foram convidadas a visitar as instalações da PSP da Ribeira Brava
para que, dessa forma, pudessem ficar mais familiarizadas com o lado humano da
Justiça.
Pretendeu-se, em simultâneo, que os alunos
tivessem uma perceção mais exata de quais as consequências legais que
comportamentos aditivos e tóxicos podem causar. Da mesma forma, era nosso
objetivo pôr em evidência que o mundo da toxicodependência tem,
necessariamente, reflexos negativos a níveis pessoal, profissional e
social.
Nesse âmbito, procedeu-se a uma visita
guiada e os alunos puderam entrar na realidade de uma esquadra. Foi-lhes dada a
oportunidade de "pisar" uma cela de detenção e experimentar a
sensação (ainda que fugaz) da privação da liberdade, visitaram o ginásio onde
os agentes mantêm a forma física, as camaratas onde lhes é permitido
pernoitarem/descansarem, o refeitório e, por fim (ainda dentro das instalações)
assistiram a uma pequena palestra/conversa onde a temática da toxicodependência
foi abordada.
Através da partilha de conhecimentos,
adquiridos no âmbito do desempenho das suas funções, os agentes Emanuela e
Camacho tentaram mostrar que o desejo de experimentar substâncias desconhecidas
nem sempre tem um desfecho feliz, que a euforia inicial pode desembocar num
labirinto sem saída onde as perspetivas de um futuro profissional e uma vida ajustada
vão sendo diminuídas, onde o isolamento social e a destruição de vidas é,
não raras vezes, uma infeliz realidade.
Pareceu-nos que os alunos
"perceberam" que existem alternativas mais saudáveis e menos
limitadoras, que existem caminhos mais felizes que podem ser percorridos.
Embora saibamos que, apesar da sua tenra idade, já haviam chegado a essa
conclusão, julgamos que nunca é excessivo relembrar aquilo que aos nossos olhos
parece evidente.
No decorrer da palestra (e como é sempre
interessante conhecer novas realidades) foi dada a oportunidade a que alguns
alunos se voluntariassem para realizar o teste de alcoolemia. Foi uma
oportunidade feliz de mostrarem que naquele momento a sobriedade era
imperatriz. No final da visita, alguns alunos puderam fazer um
"reconhecimento" das viaturas de serviço.
O Projeto Atlante agradece a simpatia e
disponibilidade demonstrada por todos os intervenientes: professores que acompanharam
as turmas e agentes. A estes últimos devemos um agradecimento especial por, em
tudo, terem sido solícitos e por terem conseguido cativar os nossos alunos.
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